Páginas

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A Divindade




Quando Kane se refere a Deus, trata-se de uma referência ao eu-deus de cada um de nós. Os Kahunas também reconhecem uma Divindade ou um Deus supremo, infinito seu nome é KUMULIPO, a mesma palavra usada para a Canção da Criação e que pode ser traduzida como"fonte de vida".

KUMULIPO é considerado imanente na natureza e a unicidade entre todas as coisas é aceita como básica. Como vivem nessa realidade física os Kahunas sentem que este mundo é o objeto mais prático para estudo e desenvolvimento.

A visão que um Kahuna tem desse mundo é muito mais ampla do que a visão tradicional da cultura ocidental. E sua percepção do mundo envolve pontos de vista de vários estados de consciência, por isso eles acham que há muito pra se trabalhar no aqui e agora,e não ficam perdendo tempo em especular sobre a natureza de Deus.

Os Espíritos

O deus pessoal, ou eu-deus (Kane ou Aumakua), não é limitado à humanidade, na filosofia kahuna. Como Deus está em tudo (ou tudo está em Deus - os Kahunas concordam com as duas premissas), tudo tem uma forma própria de percepção.

Num sentido profundo tudo é vivo, ciente e responsivo. E tudo até mesmo aquilo que os cientistas consideram matéria morta, tem um Eu Superior, com o qual se pode comunicar conscientemente. A comunicação inconsciente, ou a telepatia subconsciente está sempre ocorrendo entre nós e o ambiente, porque é a forma primária com a qual o mundo interage consigo mesmo. Um exemplo seria como as plantas reagem a dor ou ao prazer de outros seres vivos ao seu redor, o mesmo acontece com os animais. Nós humanos temos o potencial para a comunicação telepática consciente, deliberada, com qualquer coisa e portanto o potencial para influenciar propositalmente o ambiente através de meios não físicos. Daí vem a idéia de que existem identidades-deus (aumakuas ou akuas) para grupos de coisas, assim como para os indivíduos, e de que a essência grupal é maior do que as suas partes.

Assim uma árvore tem seu próprio Aumakua e a floresta, da qual ela faz parte também. O mesmo acontece no mundo e além dele. Antigamente um kahuna pedia permissão ao espírito de uma árvore antes de cortá-la, ao espírito de um vale antes de atravessá-lo. Pedia permissão ao mar antes de surfar ou pescar. Ele fazia isso por respeito "a fonte" que vivia em tudo, para garantir cooperação. Hoje um kahuna pode falar com seu carro ou sua casa da mesma maneira, e usar o mesmo conceito em seu trabalho de cura.

Os kahunas reconhecem formas-pensamentos, manifestação de campos de energia, complexos aparecendo como personalidades separadas, efeitos de extrema sensibilidade telepática ou clarevidente, o equivalente dos anjos.
A Filosofia Huna não inclui a idéia de verdadeiros diabos, demônios ou espíritos dos mortos vagando. Estes são vistos como formas-pensamento, criadas conscientemente ou inconscientemente, ou manifestações de complexos negativos.


O Homem Trino

Na filosofia e psicologia kahuna, o homem é um ser espiritual com três aspectos representados por Kane,Ku e Lono. Os três na verdade funcionam como um Kanaloa, e nesse estado o homem também é capaz de expressar seu total potencial. Muitas vezes pode acontecer a desunião entre Kane , Ku e Lono é o que a gente chama de desequilibrio. O corpo o intelecto e o espírito tem que sempre trabalhar juntos em sintonia. vc fica fora de sintonia e para retornar a esse estado de equilíbrio tem que aprender a reunificar Lono e Ku (o intelecto e o corpo), o consciente e subconsciente. Quando isso acontece sua percepção fica mais aflorada.


Trecho adaptado do livro:
Magia e Cura Kahuna - Serge Kahili King

Nenhum comentário:

Postar um comentário